Doenças de PeleEsclerodermia
Esclerodermia
O que é?
Esclerodermia significa “endurecimento” da pele. (sclero = duro; derma = pele). É uma doença rara que afeta o tecido conjuntivo, que dá estrutura e sustenta os órgãos e sistemas do corpo humano. Não possui causa conhecida, contudo é considerada uma condição autoimune e não é contagiosa. Sua principal característica é o espessamento da pele. É mais comum no sexo feminino, podendo acometer adultos e crianças. Existem basicamente duas formas de apresentação: a localizada e a sistêmica. Na forma localizada há envolvimento apenas da pele. Já a forma sistêmica, também chamada de Esclerose Sistêmica, afeta, além da pele, outros órgãos, como esôfago, pulmão e rins, e pode ser dividida em formas Cutânea Limitada e Cutânea Difusa.
Sintomas
O principal sintoma é o espessamento cutâneo, que pode ser percebido pela rigidez ao toque e dificuldade de preguear a pele. Outros sinais e sintomas podem incluir:
Alteração da cor da ponta dos dedos (começa branco, passando a azul/arroxeado e, depois, vermelho). Essa condição é chamada de Fenômeno de Raynaud e costuma se relacionar ao frio.
Nódulos endurecidos que podem ser avermelhados ou esbranquiçados e representam depósitos de cálcio sobre algumas articulações (mãos e cotovelos, por exemplo);
Rigidez das articulações;
Microstomia – diminuição da abertura da boca;
Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
Dificuldade para respirar.
O diagnóstico é difícil e pode levar de meses a anos para ser estabelecido. O Fenômeno de Raynaud é uma valiosa dica porque, em alguns casos, ele pode aparecer de forma isolada, até mesmo anos antes dos outros sintomas surgirem. O médico poderá solicitar exames de sangue, como a dosagem de autoanticorpos. Outros exames, comumente pedidos, são radiografia ou tomografia de tórax, testes de função pulmonar e biópsia de pele (retirado um pequeno fragmento para análise histopatológica).
Tratamento
O tratamento pode ser feito com medicações tópicas (aplicadas diretamente na pele) ou medicações sistêmicas (por via oral ou mesmo via injetável), como corticoides e imunossupressores, um deles é o metotrexate. Exames laboratoriais são feitos também para acompanhar a terapêutica. Além disso, os pacientes que possuem o Fenômeno de Raynaud devem proteger as extremidades do corpo do frio. A esclerodermia ainda não tem cura, mas é fundamental que o paciente procure a ajuda especializada de um dermatologista para que a melhor terapêutica seja realizada, a fim de ter o controle da doença e evitar sequelas.
Fonte: SBD – www.sbd.org.br
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