Doenças de PeleCondiloma

Condiloma

O que é?
Condiloma é uma infecção causada pelo vírus HPV (papilomavírus humano). Atualmente são conhecidos mais de 100 tipos, sendo que 20 deles podem causar lesões na área genital. Alguns têm relação com o desenvolvimento do câncer nas genitálias, no colo do útero e região anal. São também conhecidos como verrugas genitais, verrugas venéreas, cavalo de crista e crista de galo. Alguns pacientes podem estar infectados, ao mesmo tempo, com vários tipos de HPV.

Sintomas
As lesões de pele, em geral, lembram verrugas e podem aparecer em número (únicas ou múltiplas) e tamanho variáveis. Essas lesões localizam-se, geralmente, na extremidade do pênis (glande, sulco bálano – prepucial), mas também podem comprometer o púbis e o corpo do pênis e a região perianal nos homens. 0 período de incubação é, em média, de três meses, podendo ser de um a 20 meses. Já na mulher, as lesões frequentemente surgem na vulva, períneo, região perianal, vagina e colo. Com menor frequência, as lesões podem surgir em áreas extragenitais como mucosas do nariz e da boca, laringe e conjuntivas. Dependendo do tamanho das lesões e de onde se localizam, podem causar dor e/ou prurido (coceira). O diagnóstico do condiloma é basicamente clínico, podendo ser realizada biópsia da lesão em alguns pacientes, quando há indicação médica.

Tratamento
O objetivo principal do tratamento da infecção pelo HPV é a remoção das lesões condilomatosas, o que leva a cura a maioria dos pacientes. Se deixadas sem tratamento, as verrugas podem desaparecer, permanecer inalteradas, ou aumentarem em tamanho ou número. Os tratamentos disponíveis para são: ácido tricloroacético (ATA), crioterapia, eletrocoagulação, podofilina, imiquimod, interferon, vaporização a laser e retirada cirúrgica. A escolha do tratamento deve ser indicada pelo médico ao paciente. Ela costuma depender principalmente do tamanho, número e local das verrugas.

Na mulher gestante, as verrugas poderão atingir grandes proporções, em virtude do aumento, pelos vasos sanguíneos, da nutrição nas áreas genitais, devido a alterações hormonais e imunológicas que ocorrem nesse período. Como as lesões de condiloma podem proliferar e se fragmentar facilmente, muitos especialistas optam por sua remoção, se possível, na primeira metade da gestação.

A cancerização, mais comum nas mulheres, ocorre mais no colo do útero. Nos pacientes com deficiência imunológica, pode haver resposta insatisfatória ao tratamento, além do aparecimento de lesões na laringe (papiloma), que também pode ocorrer em lactentes, por contaminação no canal de parto.

Prevenção
Os pacientes com verrugas genitais devem evitar contato sexual durante o tratamento, e seus parceiros devem ser orientados a buscar exame clínico para avaliação da presença de condilomas não suspeitados, ou de outras doenças de transmissão sexual (DST). Após o desaparecimento das verrugas, os pacientes precisam saber das possibilidades de recorrência (aparecimento de novas verrugas), o que pode ocorrer, frequentemente, nos três primeiros meses após o desaparecimento dos condilomas tratados. As mulheres devem ter conhecimento da necessidade de manterem o acompanhamento de um ginecologista, em virtude da associação de alguns tipos de HPV a casos de câncer.

O desenvolvimento de vacinas para alguns tipos de HPV trouxe um recurso importante na prevenção contra o câncer de colo de útero e vulva, com aplicação, atualmente, inclusive em meninos. Estudos mostram que a vacinação em garotos, contribui para a diminuição desse tipo de câncer, pois possibilita a diminuição da circulação do vírus na população, trazendo beneficio também para as mulheres.

O esquema recomendado pelo Ministério da Saúde, para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 12 a 13 anos, é de duas doses da vacina com intervalo de seis meses. A vacina já está disponibilizada nas unidades básicas de saúde do país.

Importante: o uso de preservativos deve ser estimulado por ser o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão não só do condiloma, mas do HIV e de outras DST.

Fonte: SBD – www.sbd.org.br

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